Paysandu, 2003, La Bombonera e Elifoot

Eu já tive o prazer de adentrar na "caixa de bombons" e sei que aquilo se torna em um caldeirão infernal insuportável para qualquer adversário.

Pois saibam vocês que a maior glória do desporto Paraense ocorreu em 2003, em plena Buenos Aires, estádio Alberto José Armando, popularmente chamado de La Bombonera.

E foi aí que numa noite de encanto, Pedro Iarley de Lima fez um golaço, 1x0. era inacreditável. o papão da curuzu havia vencido o temido Boca em Buenos Aires. E com méritos. Com dois homens a menos (Robgol e outro imbecil foram expulsos).

As ruas de Belém explodiram em festa, e a comemoraçao durou a madrugada inteira.

Jogo inesquecível. Eu nesse dia estava na casa dos meus avós, assistindo o jogo e xavecando e encoxando uma americana loirinha sobrinha de uma amiga de infância da minha avó que passava uns dias no brasil. Fabrizia o nome dela. (hoje ela já é casada).

O fato é que como ela não falava direito o português, eu pude ser bem direto, sem muito lero-lero.

abaixo o momento histórico noticiado pelo jornal nacional:

O paysandu acabou perdendo no jogo de volta, e sendo eliminado. mas não importava. algo histórico já tinha sido escrito nos anais do futebol. Vencer o Boca em Buenos Aires é impossível. Acho que apenas o Santos de Pelé conseguiu tal façanha.

O Paysandu alias fez uma puta campanha aquele ano, terminou em primeiro no grupo com direito a goleada de 6x2 no Cerro lá no Paraguai. Ganhou 5 jogos, empatou 2 e só perdeu 1, justamente pro Boca, que na final se sagraria campeão da América em pleno Morumbi encima do Santos de Robinho e Diego (sim, ótimo tema prum post outro dia)

6 meses depois daquele gol, o Iarley não por acaso estava vestindo a 10 do manto xeneize.

Aliás inesquecível pra cacete esse ano de 2003.

Nessa mesma época eu acabei morando uns 2 meses com meu tio do rio em casa (minha mãe estava internada e meu pai dormia no hospital).

Meu tio (na época com uns 32) é um moleque.

Maldita foi a hora que eu mostrei pra ele o tal Elifoot 98.

Foi vício total.

E eu entrei na onda dele.

Passavamos madrugadas inteiras bebendo coca, tentando levar o União Leiria pra primeira divisão, aplicavamos goleadas no Porto e no Benfica, inventamos regras, como quem toma-se gol do Sandro Hiroshi tinha que pagar a pizza. Não podia contratar o Maezono por exemplo, porque ele dava azar. Por outro lado, tinha um tal jogador grego se não me engano, um tal de Veli Kasumov que na época jogava em Portugal que era o jogador mais disputado no jogo junto com o Jardel.

Lembro que teve um dia que eu cheguei do colégio e ele me mostrou um programa que tinha um ícone de um "queijinho". Era um programa cheater. Fazia o clube ficar milionário e ter todos os jogadores com 99 de stamina.

Esse aí pode-se dizer que foi o primeiro jogo "manager" de futebol. o pai de todos. Se o FIFA manager, o Football Manager e até o Cartola porque não, hoje são famosos, é graças a esse joguinho.

Bons tempos.