Maria Magdalena, Martin Dahlin, Malandragem e a Romênia de 94

Alguém ae lembra do Martin Dahlin??

Pois é... o messias negro hoje em dia é um derivado de Alexandre Pires com Rick & Renner da escandinávia.

Parou de jogar em 99, após uma lesão crônica e decidiu viver agenciando jogadores e fazer o papel de arroz de festa nas baladas famosas de Stockholm.

Diga-se de passagem, vive muito bem, como vocês podem ver ao lado.

Aliás, seus amigos de seleção daquela época também estão muito bem. Pelo wikipédia, Thomas Brolin (o gordinho parrudo) virou dono de um restaurante italiano e assíduo jogador de poker online, e Kennet Andersson (pirulão que na hora da comemoração fazia um gesto que viria ser o "créu" hoje em dia, morou na Turquia anos atrás e hoje vive com sua esposa numa pacata vila viking no interior da Suécia)

Confesso que era um time legal de se ver jogar. E não foi fácil ganhar deles na Copa de 94. Primeiro jogo empate, e no segundo um suado 1x0 com gol do baixinho de cabeça, para delírio nacional.

Sem dúvidas a Copa dos Estados Unidos foi diferente. Diferente porque foi uma copa onde os países desconhecidos foram longe, fizeram glória aos pés de um jogador fora de série. Vimos times como a Bulgária de Stoichkov eliminar a favorita e até então campeã Alemanha. Além de que aquela copa possuia vários jogadores carismáticos, como por exemplo o bode ruivo Lalas, Larsson com rastafari, Caniggia metal, Tab Ramos (oque levou a cotovelada) Valderrama e Escobar (aquele que foi morto por um bandido) aliás, o Viola e toda sua malandragem tb estavam por lá. Frase do mesmo, na época.

- "Andaram falando que paguei US$ 1.000 para sair com mulheres aqui. Sou pão-duro. Dou US$ 10 para minha mãe e ela faz uma puta feira" -

Aliás, tanta malandragem aliada ao cabelo raspadinho, óculos de sol em posição à la katinguele e ao bigodinho de feira foi revelada tempos depois pelo próprio jogador:

Viola, sim, ele mesmo, foi o grande responsável pelo tetra. Que mané Romário, Zagallo, Baggio e Senna...

Viola foi enviado aos Estados Unidos para ser o herói nacional, e porque não algo mais...

Assistam ao video com a sincera revelação de um ser que nasceu para brilhar:

O fato é que "A" copa de 94 foi realmente épica. Íncrivel de como aquele tempo marcou minha infância.

Mas agora, adulto, com um conhecimento sólido e bem maior (e bem mais crítico) sobre futebol, eu posso afirmar:

Foi foda.

A Romênia de 94 também tinha um puta time. Era mágico. O uniforme amarelo e vermelho era lindo. Uma pena pois sei, e todos sabem que esse país esquecido do leste europeu nunca mais irá disputar uma copa (hoje em dia a eliminatória européia é muito mais concorrida) e se, um dia disputar, irá fazer apenas papel de mero figurante.

Foi demais ver a temída Argentina de Batistuta e Maradona (já suspenso) ajoelhar diante dos filhos de Vlad Tepes nos gramados de Los Angeles.

Abaixo o vídeo épico com narração do Luciano do Valle:

Aquela geração de jogadores romenos foi liderada com maestria pelo Maradona dos Cárpatos, Gheorge Hagi, o maior e mais conhecido romeno de todos os tempos. (em segundo Michael Cretu, em terceiro Drácula. Menção honrosa para Nadia Comaneci)

Aliás, o mesmo romeno Michael Cretu fazia um puta sucesso na época. Criador do grupo Enigma, que durante a primeira metade dos anos 90 foi sinônimo de música new age (estilo musical conhecido hoje em dia como música para massagem e bastante utilizada em sessões de regressão hipnótica)

Michael Cretu aliás foi um conquistador nato, apesar da feiura, vendeu milhões de cds (minha mãe tem um) ficou famoso e rico, e para coroar, casou-se com aquela cantora pop alemã, Sandra, que nos anos 80 fez sucesso com essa música aqui:

É amigos... o Martin Dahlin e o Michael Cretu são caras que realmente sabem aproveitar a vida..... e o Viola.. há... esse apesar de tudo... também.